Sabe aquele papo que diz que o tempo passa rápido quando estamos nos divertindo ? Pois é, ele se aplica perfeitamente ao show do The Cure que rolou nessa última quinta feira dia 4,no HSCB Arena. Após mais de três horas de apresentação, cerca de 10 mil pessoas bem animadas curtiram o show da banda, o que se viu foi gente convencida de que não foi o suficiente. Afinal, foram dezessete anos de espera pela terceira vinda da banda ao país. Tempo esse que foi o suficiente para uma renovação entre os fãs da banda.
Para um grupo com quase quarenta anos de formação e há muito tempo longe das rádios, foi impressionante ver a quantidade de fãs adolescentes dançando e cantando todas as músicas. Junta-se a isso aos quarentões e trintões que passaram todas as sua vidas ouvindo e se emocionando com as canções de Robert Smith & cia. E temos uma plateia entusiasmada e fiel que estava ali para finalmente reencontrar seus ídolos.
A noite começou com a apresentação da banda brasileira de post-rock Herod Layne, que com seu som hipnótico e viajandão, conseguiram atrair a atenção do público. Bela apresentação, com direito a explosão de microfonia no final.
Logo em seguida veio um comunicado da banda pedindo compreensão ao fãs pois o show iria demorar um pouco mais para começar para dar chance aos que estavam presos no caótico transito da Barra da Tijuca.
E então, finalmente, após dezessete anos e meia hora de atraso entra o The Cure, ovacionado pela plateia. A introdução nos auto falantes veio seguida de “Open” para delírio dos presentes. Depois viram um sucessão de hits cantados em coro com a plateia : “High”, “The End of The World”, “Inbetween Days”, “Pictures of you”, entre muitas outras. No meio teve também “Lovesong” versão feita pela cantora Adele.
E assim foi por mais de 2hor as sem intervalo, sem pausa entre as canções, só interrompidas por breves momentos por um contente Robert Smith que pediu desculpas por tentar falar em portuguÊs e achar que estava muito ruim. Mas também vamos relevar, afinal após tanto tempo longe daqui, não ia conseguir lembrar mesmo.
Quando veio a primeira pausa, o show já contava com 27 músicas, e mais duas horas de apresentação. A banda estava afiada, soltando um clássico atrás de outro, com destaque para o baixista Simom Gallup, o membro que mais tempo permaneceu na banda ao lado do vocalista.
E assim o show seguiu, cobrindo uma boa parte dos álbuns da carreira, com destaque para a parte com as músicas do mais emblemático disco da banda, Desintegration.
Para encerrar e voltar a animar um pouco, veio os hits das fases mais pop da banda. “Lovecats”, “Close to me”, “Let´s go to bed” que vieram para completar a festa. Os primeiros acordes do clássico absoluto, “Boys don´t cry” levou de vez os fãs a loucura. Infelizmente já estava chegando ao fim do show, de três horas e vinte de duração, que mostrou que uma banda afiada e sem sinais de cansaço, pronta para conquistar ainda novas gerações de fãs.
Por: Fabrício Rocha