Flames: Sucesso na Europa Cantor Brasileiro Gerson lança novo álbum!

E tem novidades do Ator e cantor Gerson no ar! Do balé do “Amor e Sexo” na TV brasileira às pistas internacionais, Gerson acaba de lançar seu mais novo álbum, entitulado “Flames”, que vem com uma mistura vibrante da percussão brasileira com Europop, Miami Bass, House e Afrobeats.

O nosso correspondente Interncional Sidney da Silva encontrou o cantor na Suécia e bateu um papo pra lá de especial.

Gerson é um artista brasileiro multifacetado que vem ganhando destaque na cena cultural europeia. Cantor, compositor, escritor e ator, ele encontrou na Suécia o espaço e a liberdade artística que sempre buscou livre de rótulos e amarras ligadas à sua origem ou à cor da sua pele.

Com influências do pop eletrônico escandinavo e raízes brasileiras pulsando em sua sonoridade, Gerson cria uma fusão única com autenticidade em seus projetos.

Seu atual álbum “Flames” vem com 14 faixas e produção assinada por ninguém menos que o sueco Locotraxx, as músicas estão disponíveis nas plataformas digitais e o projeto já ganhou uma versão deluxe com três músicas extras, incluindo um remix dançante perfeito para as pistas no verão Europeu.

Sucesso, Gerson!

Veja agora a entrevista exclusiva que ele concedeu ao nosso correspondente internacional:

Quando você se mudou para a Suécia e por quê?
Eu já tinha visitado a Suécia duas vezes antes de me mudar para cá. Nessas viagens, fiz muitos contatos e percebi que aqui poderia ser o lugar ideal para continuar minha trajetória como artista. Me mudei em 2022, após a pandemia, com o objetivo de trabalhar com música.

O que você faz atualmente na Suécia?
Atualmente, além da música, tenho atuado como ator em diversas campanhas publicitárias para marcas como Halebop, Lidl, Filmstaden, o Visit Sweden que é o órgão oficial de turismo do país e representei a liberdade de gênero na Suécia para o mateial deles. Também fiz figurações em produções de canais locais e plataformas como Netflix e Amazon.

Qual é o maior contraste entre o Brasil e a Suécia na cena musical, na sua opinião?
Na minha trajetória, a diferença é enorme. Aqui, nunca me pediram para cantar um estilo específico por causa da cor da inha pele, da minha aparência ou por ser brasileiro. Nunca me senti artisticamente limitado como me sentia no Brasil.

Meu produtor e os profissionais com quem tenho trabalhado na Suécia sempre me deram total liberdade para transformar minhas ideias em realidade, sem restrições.

No Brasil, cheguei a me reunir com produtores e pessoas ligadas a gravadoras, mas ninguém aceitava que eu gravasse pop ou eletrônico. Para eles, eu só “servia” para samba, pagode ou estilos derivados, e isso me colocava numa caixa que não fazia sentido para a minha arte.

O que você mais gosta na Suécia?
Antes de tudo, eu gosto muito de viver aqui. Gosto do equilíbrio entre natureza e cidade, do ritmo mais tranquilo, do respeito ao espaço do outro e às escolhas individuais. Adoro também a quantidade de shows internacionais que acontecem por aqui todos os anos.

Do que você mais sente falta do Brasil?
Sinto muita falta da espontaneidade. Aqui, tudo é planejado, até um encontro rápido entre amigos precisa estar na agenda. Também sinto falta da comida brasileira e de algumas festas eletrônicas do Rio de Janeiro. Ah, e claro, do pré-carnaval nas ruas do Rio!

Você vive em um dos maiores exportadores de música do mundo, a Suécia, lar de grandes nomes e compositores renomados. Como esse ambiente influencia a sua nova abordagem musical?
Sempre fui muito influenciado pela música pop escandinava. No caso da Suécia, nomes como Roxette, Robyn, Marie Fredriksson, ionnalee, Cardigans, The Sound of Arrows, ABBA e muitos outros sempre fizeram parte da minha vida e são algumas das minhas principais referências musicais. Isso já me conectava culturalmente ao país antes mesmo de vir para cá.  Ao mesmo tempo, sou brasileiro, amo o carnaval de rua e adoro misturar essa nossa singularidade com o universo do pop eletrônico. Estar nesse ambiente fez toda a diferença: aqui, pude gravar minhas composições do jeito que acredito que elas devem ser.

Recentemente, fui convidado para me apresentar em uma rádio e, em junho deste ano, fiz meu primeiro show dentro do projeto Folk På Gården, organizado pela cidade de Estocolmo. Além disso, a Suécia é atualmente o país onde tenho mais ouvintes no Spotify. Me sinto muito motivado aqui a continuar compondo, gravando e me apresentando. Espero em breve estar participando de grandes festivais e fazer minha primeira turnê.

Como foi colaborar com o Locotraxx?
Locotraxx é um produtor incrível. Ele me deu o que considero o maior presente que se pode dar a um artista: liberdade. É nesse espaço que a gente cresce, se desenvolve e amadurece artisticamente.

Nosso processo de criação é leve, fluido e, muitas vezes, incrivelmente rápido. Como em qualquer parceria criativa, às vezes concordamos em tudo, outras vezes temos opiniões diferentes, e isso faz parte do processo.

Ele produziu meus dois primeiros discos e estamos trabalhando juntos em um novo álbum para o próximo ano. Minha cabeça está cheia de ideias, e ele tem acompanhado esse meu ritmo intenso.

Você está aberto a fazer colaborações musicais?
Com certeza! Quero muito fazer colaborações, tanto com artistas suecos quanto brasileiros. Gostaria de gravar com Marina Sena e Duda Beat, e também com artistas daqui como Viktor Leksell, Molly Sandén e Zara Larsson.

Música, para você, é…?
É contar histórias que se transformam em sentimentos e memórias nas vidas das pessoas. É um convite para uma viagem inesquecível pelo tempo em que estivermos aqui. Eu amo trabalhar com música mais do que qualquer outra coisa que já tenha feito.

Por: Sidney Da Silva (correspondente internacional)
Fotos: Divulgação, Arquivo pessoal, Joohan Rastenberger

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