A cidade de São Paulo oficializou um acordo estratégico com a Fórmula E para a realização do ePrix paulistano a partir de março de 2023. O anúncio foi feito durante o ePrix de Mônaco, um dos eventos mais tradicionais do campeonato, marcando um passo importante na consolidação da capital paulista como polo internacional de esportes, entretenimento e inovação sustentável.
Com a assinatura do contrato entre a Prefeitura de São Paulo, a SPTuris e a organização da Fórmula E — liderada pela ABB FIA —, a cidade passa a integrar o calendário de estreias da temporada 2022/2023, juntando-se a Vancouver (Canadá), Cidade do Cabo (África do Sul) e Hyderabad (Índia). A confirmação da etapa, no entanto, ainda depende da publicação oficial do calendário pela FIA, prevista para junho.
Assinatura oficial em Mônaco
A formalização do acordo foi divulgada por Gustavo Pires, presidente da SPTuris, que compartilhou nas redes sociais imagens do momento da assinatura:
“Fórmula E em São Paulo! Assinamos hoje, aqui em Mônaco, o contrato que vai trazer a categoria para São Paulo. A previsão é que a primeira corrida aconteça em março de 2023, sob aprovação da FIA, que divulgará o calendário da temporada em junho.”
Pires destacou o impacto econômico e turístico do evento:
“Esse é um grande esforço conjunto da SPTuris e da Prefeitura de São Paulo com a Fórmula E e a GL Events para trazer a corrida de carros elétricos para o Brasil. É geração de emprego e renda para a cidade, além de fomentar ainda mais o turismo.”
Ele reforçou ainda a visão estratégica da cidade:
“Nosso objetivo é tornar São Paulo a capital mundial do entretenimento, e temos trabalhado muito para que isso aconteça.”
Sambódromo do Anhembi será o palco do evento
A SPTuris confirmou que o ePrix será realizado no Sambódromo do Anhembi, região que já conta com infraestrutura consolidada para grandes eventos e que historicamente recebeu a Fórmula Indy entre 2010 e 2013. Embora o traçado oficial ainda não tenha sido divulgado, existe expectativa de que a Fórmula E possa utilizar parte do circuito anteriormente usado pela IndyCar, adaptado para as especificidades dos carros elétricos.
O calendário estimado prevê que a corrida ocorra três semanas após o Carnaval, que em 2023 cairá no dia 1º de março, indicando o fim de semana entre os dias 24 e 26 de março* como a janela mais provável para a realização da etapa.
Brasil retoma protagonismo no automobilismo elétrico
São Paulo será o *quarto destino sul-americano* da história da Fórmula E. Antes da capital paulista, a categoria já competiu em:
Buenos Aires (Argentina)
Santiago (Chile)
Punta del Este (Uruguai)
Cada uma destas cidades recebeu três etapas, sendo a última corrida no continente realizada em janeiro de 2020, no Chile.
A chegada ao Brasil reforça o interesse da categoria em expandir sua presença em mercados estratégicos emergentes, especialmente aqueles com forte apelo urbano e políticas de mobilidade sustentável — pilares centrais da Fórmula E.
A primeira temporada da era Gen3
O ePrix de São Paulo marcará também a estreia dos carros Gen3, a terceira geração de monopostos elétricos da categoria. Os novos carros trazem avanços significativos:
* Velocidade máxima superior a 320 km/h
* Carro 60 kg mais leve que o Gen2
* Potência de até *350 kW*
* Sistema de regeneração mais eficiente, permitindo recuperar até 40% da energia utilizada durante a corrida
* Sustentabilidade ampliada, com materiais recicláveis e baterias mais eficientes
Esses avanços colocam o Gen3 como o monoposto elétrico mais rápido, leve e sustentável já desenvolvido.
Além de São Paulo, a FIA também considera estreias em *Cidade do Cabo, Hyderabad e Vancouver — este último, porém, teve sua etapa inaugural suspensa recentemente.
Calendário mais extenso da história
A temporada 2022 da Fórmula E já é a maior desde a criação do campeonato, com 15 ePrix em 9 localidades, incluindo as estreias de Jacarta (Indonésia) e Seul (Coreia do Sul), que receberá a prova final em agosto.
Com São Paulo na rota, o Brasil entra de vez no cenário do automobilismo elétrico internacional, reforçando sua relevância esportiva e abrindo portas para novos projetos de sustentabilidade, tecnologia e economia criativa voltados ao futuro das grandes metrópoles






