Cinema:Longa metragem A Última Estação abre o 45º Festival de Brasília de Cinema Brasileiro

A Última Estação, dirigido pelo brasileiro Márcio Curi, foi o filme escolhido para abrir o 45º. Festival de Brasília de Cinema Brasileiro, no dia 17 de setembro, na Sala Villa Lobos do Teatro Nacional Cláudio Santoro. A exibição acontecerá para mais de 1.200 convidados.  O longa de ficção, filmado em digital, é uma co-produção internacional com participação das produtoras brasilienses Cinevideo e Asacine e da libanesa Day Two Pictures.

O filme é mais um importante trabalho no portfólio da brasiliense Cinevideo, que após forte atuação na África, onde mantém escritório há cinco anos, investe no mercado Árabe. Neste território, já firmou importante parceria com a rede de rede de TV Al Jazeera, com quem coproduziu documentários, e fez um longo trabalho de campo em visitas ao Irã.  Durante a coprodução do A Última Estação, que será distribuído no Brasil pela Polifilme, a Cinevideo teve importante atuação na seleção do ator principal e na negociação com uma distribuidora daquele país. “Foi um trabalho muito prazeroso que realizei no Líbano até chegar ao Mounir Maasri, que faz o imigrante Tarik. Do relacionamento da Cinevideo com este mercado, conseguimos também fechar uma importante parceria de distribuição local”, conta Monica Monteiro, presidente da Cinevideo. 

Com roteiro original de Di Moretti, o filme aborda com muita sensibilidade uma história de imigrantes libaneses no Brasil. No elenco, os brasilienses Klarah Lobato, João Antonio, Chico Santana, Narciza Leão, Sérgio Fidalgo e Adriano Siri, se juntam à Elisa Lucinda e ao ator e diretor libanês, Mounir Maasri, para contar um pouco da história desses imigrantes que deixam sua terra natal em busca de uma vida melhor do outro lado do mundo.

O filme

A história é baseada em uma narrativa bem humorada e poética sobre a trajetória de vida do libanês Tarik que em meados dos anos 50, juntamente com o irmão mais novo, Karim, se vê obrigado a vir para o Brasil. No navio, iniciam uma grande amizade com outros meninos árabes e sírios, que ao desembarcarem em terras brasileiras, acabam seguindo caminhos distintos. Os anos se passam e, em setembro de 2001, após perder sua esposa, o velho Tarik decide cumprir algumas promessas. O muçulmano abandona tudo e resolve atravessar o Brasil, na companhia da filha Samia, em busca dos meninos que fizeram com ele a travessia, 51 anos antes.

“O público pode esperar uma história emocionante, cheia de sentimento, com muito amor, conflitos, mas acima de tudo um relato bastante fiel de como aconteceu a adaptação de muitos dos imigrantes que vieram para o Brasil”, adianta o diretor Márcio Curi.

Com cenas filmadas no Brasil e no Líbano, o longa-metragem, que teve sessenta por cento das suas filmagens em Paulínia, passando também por Santos, Anápolis, Brasília, Ilhéus e Belém, retrata em 114 minutos cada parada desta longa viagem que revela uma verdadeira e fabulosa história de mais de 1001 noites de pura emoção.

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