#Dança: Cisne Negro Do Brasil para o mundo!

Cisne Negro Cia. De Dança, no ensaio do repertório clássico "O quebra nozes", para a temporada no teatro Alfa em São Paulo 2013.

Cisne Negro Cia. De Dança, no ensaio do repertório clássico “O quebra nozes”, para a temporada no teatro Alfa em São Paulo 2013.

Cisne Negro Cia. De Dança está no mercado há 36 anos e já  difundiu as raízes brasileiras por mais de 17 países

Cisne Negro Cia. De Dança é uma das companhias pioneiras de São Paulo, criada em 1977 por Hulda Bittencourt, de lá pra cá o grupo se tornou conhecido mundialmente pela qualidade dos espetáculos. O nome foi inspirado no repertório clássico “O lago dos Cisnes”, balé assinado pelo russo Tchaikovsky.

A companhia surgiu de uma simbiose entre o balé clássico e alunos de educação física da Universidade de São Paulo (USP). Dessa convergência entre os dois universos surgiu uma dança espontânea e rigorosa mesclada com a estética cénica altamente elaborada.

Manter a qualidade e a frequência de novos espetáculos não é fácil, por isso ” a Cia. acredita na transformação social, cultural e educacional através da arte da dança”, comenta Dany Bittencourt, diretora de ensaios do Cisne Negro.

Para se manter o grupo conta com incentivos fiscais; federais, estaduais e municipais e além da venda de espetáculos. O custo anual de toda a estrutura gira em torno de R$1,8 (um milhão e oitocentos mil de reais). Ainda assim a sobrevivência as vezes fica instável.

Com mais de três décadas de existência a Cia já marcou presença em mais de 17 países, sempre recebendo boas criticas se tornando referência nacional e internacional.

Vários coreógrafos já passaram pelo Cisne Negro, e dentre eles se destacam Vasco Wellencamp (Portugal), Gigi Caciuleanu, Patrick Delcroix (França), Janet Smith e Mark Baldwin (Inglaterra), Julio Lopes e Luis Arrieta (Argentina), Michael Bugdahn (Alemanha), Victor Navarro (Espanha), Peter de Ruiter e Eva Villanueva (Holanda) e Itzik Galili (Israel) e os brasileiros Ana Maria Mondini, Antônio Gomes, Denise Namura, Tindaro Silvano, Mario Nascimento e Rui Moreira.

Após assistir o grupo que estava em temporada na Alemanha o crítico de dança do jornal Mittelbadische Presse da cidade de Offenburger escreveu: ” Uma grande companhia marcou o fim da série de Dança Offenburger Instituto Cultural deste ano. Desde o primeiro momento os bailarinos cativaram o publico no Oberrheinhalle lotado e no final, eles dançavam sob os aplausos da noite, como se só agora tivesse começado. Os bailarinos passaram um colossal de duas horas no palco, com peças únicas. ‘Fruto da Terra’ foi um puro homem de dança: primeiro apenas dois, em saias longas morrons. Batidas simples e um ‘stop’, certo no ritmo. Aos sons de pássaros criou-se uma atmosfera encantadora. Rastejando em uníssono seguido pelos outros bailarinos, linhas foram formadas e dissolvidas, representando o ciclo do trabalho no campo. Os sacos de batata cheios na beira do palco, desempenhou um papel para que a fábrica da dança acontecesse, mostrou os movimentos ágeis da mão nas culturas arvenses, e perça por perça foram adicionadas”. O texto deixa claro a capacidade de encantar que a Cia tem.

“Precisão impressionante e simetria”, essas foram as palavras que Cristian Mayer, crítico do site Wormser Zeitung da cidade de Worms na Alemanha, usou para descrever o trabalho do grupo.

Junto com a Cia Balé da Cidade de São Paulo, dirigida por Iracity Cardoso, e o Ballet Stagium de Marika Gidali e Décio Otero, o Cisne Negro ajudou a difundir a dança pelo Brasil e pelo mundo.

A companhia atualmente se prepara para a grande temporada final, onde aprensetara o repertório clássico “O Quebra Nozes”, em São Paulo e depois encerra as atividades deste ano. A temporada será de 12 à 22 de Dezembro, com sessões duplas aos sábados e domingo no teatro Alfa em São Paulo. Venda dos ingressos na bilheteria do teatro ou no site.

 Por Cesar Dias Cirqueira

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