Panicat Aryane Steinkopf é capa da revista VIP de fevereiro

Natural de Vila Velha, cidade com pouco mais de 400 mil habitantes, no Espírito Santo, Aryane Steinkopf, de 23 anos, mudou-se para São Paulo ao ser convidada para ser uma Panicat, em julho do ano passado, mas ainda conserva o sotaque de sua terra natal. Além da maneira de falar e da voz mansa, acidade grande também não mudou o jeito de moleca de Aryane. Fala com empolgação de qualquer assunto relacionado à sua nova vida. E a nova vida anda movimentada. Há algum tempo ser Panicat não é só manter a farta gostosura em forma para preencher bem os biquínis minúsculos no palco. A exposição ajuda no aumento de novas ofertas de trabalho, mas essas nem sempre são as melhores. Aryane fala tranquilamente sobre os prós e contras da sua profissão, não se acanha em responder sobre os boatos sseminados pelas antigas Panicats e insiste em ver o melhor lado de tudo.

Você é formada em nutrição. Chegou a atuar algum tempo na área antes de ir para a TV?

Tinha acabado de me formar, aí comecei a trabalhar. Mas foram só três meses, e logo depois surgiu o convite do Pânico.

 Durante a faculdade, você já tinha vontade de aparecer na TV?

Desde pequena, eu sempre gostei desse meio. Já fazia fotos, comerciais, tudo naminha cidade. Só que lá não tem mercado para isso. Eu fiz a faculdade, mas, paralelamente, fazia alguns trabalhos de modelo. Logo que me formei, apareceu essa oportunidade do Pânico e não pensei duas vezes.

E que tipo de trabalho de modelo você fazia lá?

Ah, eu fazia o que dava. Desfile, campanha, eventos, comercial de TV, pouca coisa.

Como foi o seu processo de seleção para ser uma Panicat?

No meu caso foi o seguinte: eu participei de um quadro, o Xurupitas [reality show de muito peito de fora e pouca realidade]. Fui convidada pelo diretor depois que mandei umas fotos. Acabou gostando da minha atuação no quadro e me ligou, do nada,me chamando para ser Panicat.

Você entrou no programa durante a briga pública que aconteceu entre duas Panicats, a Juju Salimeni e a Nicole Bahls. Como foi a convivência com as colegas de palco na época?

Nunca tive problemas com elas. Quando eu entrei, a Juju e a Nicole estavam suspensas. Elas já sabiam que novas Panicats entrariam para o programa. Não teve nenhuma rixa.

As declarações que Dani Bolina fez sobre o comportamento de Panicats fora do palco não te incomodaram?

[Em entrevista, ela disse que algumas atuavam como garotas de programa.]

Isso não me afetou porque eu não faço esse tipo de coisa, então não estou nem aí. As meninas que estão trabalhando comigo são minhas colegas. Eu tenho respeito por elas e elas me respeitam. As que estão lá, que são Panicats.  As ex-Panicats agora são ex. Pouco me importa o que elas falam,me importo com quem está lá. Não quero perder meu tempo com essas picuinhas porque elas são ex. Elas estão desesperadas, querendo mídia a qualquer custo. Já fizeram o que tinham que fazer, estão à mercê da vida. Eu estou focada no meu trabalho, aproveitando a minha oportunidade.

Quais as oportunidades que costumam aparecer para uma Panicat?

Eu só faço eventos depois de selecionar bem os convites com o meu empresário [também namorado e assessor, Wellington Júnior]. Procuro saber que tipo de evento é, quem está contratando, para onde eu vou. Não é assim “vou te pagar X e você vem”. Eu não faço qualquer coisa que venha a denegrir minha imagem.

Que tipo de oferta você já recusou?

Tem várias, né? Muita gente sem noção. Tem convite para despedida de solteiro, tem gente que quer me contratar para a festa de 15 anos do filho. E na maioria das vezes as pessoas estão mal-intencionadas.

E quais são os convites aos quais você costuma dizer sim?

Ah, eventos de boates “certas”. Fazer presença VIP que tem contato direto com fã eu adoro. Tem gente que não gosta de tirar foto com fã, mas eu não ligo que peçam. Eles abraçam, eu abraço, não ligo, não.

Você é fã do UFC e já foi ring girl de uma luta do WFE [World Federation of Exchanges, um dos campeonatos do MMA]. Conta como foi a experiência.

Quando eu tinha 15 anos, acabei sendo ring girl de uma dessas lutas na minha cidade. Já para o WFE foi assim: sou garota-propaganda da marca de suplementos que patrocinou esse evento. Eles me escolheram para representar a marca. O dono do evento gostou bastante e pode ser que rolem outros convites.

Você também já praticou muay thai, certo?

Antes de ser Panicat, pratiquei muay thai por uns quatro meses. Só que comecei a ficar com muito roxo no corpo. Não tinha como fotografar depois. Decidi parar para não prejudicar minha carreira de modelo. Mas o esporte é muito maneiro, é diferente.

Você é baladeira?

Eu não. Namoro há cinco anos e sou bem caseira. Gosto de ir a restaurantes, mas a baladas vou muito pouco. Na maioria das vezes, vou quando me chamam para fazer presença VIP.

O que você espera da sua estreia em uma capa da VIP?

Estou muito ansiosa, porque só vai sair coisa boa disso, tenho certeza.

A VIP dá uma projeção muito grande na carreira. Espero que as pessoas conheçam uma outra Aryane, em um conceito diferente de foto. É sensual, mas é outra vibe, sabe? Outro nível.
Por: Fernando BoB
Twitter: @FernandoBoB 

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