Leticia Wierman filha de Datena posa para a Revista VIP

“Essa não, porque senão o meu pai vai dizer nas entrevistas que eu saí pelada por aí”, disse Letícia Wiermann, apontando para uma foto em que estava completamente despida, enquanto olhava as fotos que estavam sendo escolhidas para este ensaio. Com 25 anos e já “independente”, ela deixa claro que a opinião da sua família – inclusive do pai famoso, o apresentador José Luiz Datena – importa e interfere nas escolhas da sua carreira. Mas ela aproveita bem as oportunidades e gosta de fazer ensaios como o que você acabou de ver: sensuais e elegantes. Depois da repercussão que apenas uma foto dela, publicada na seção Preliminares da edição passada da VIP, provocou na imprensa nacional e na cabeça de quem entende de mulher bonita, resolvemos atender aos pedidos de quem pediu por mais.

O que você achou da repercussão da sua foto na VIP? 

Eu achava que teria uma certa repercussão, mas não esperava que fosse do tamanho que foi. Como foi o meu primeiro ensaio na mídia nacional depois de um tempo, eu não achava que ia chamar tanta atenção. Mas eu fiquei muito feliz, recebi muitos elogios, gostei demais de como escreveram a nota, foi bem fiel à realidade, nem todo jornalista faz isso.

Já passou por uma experiência ruim por causa de uma entrevista? 

Já, uma muito ruim. Na época, eu trabalhava na Band e tinha 17 anos, era uma pessoa inexperiente. A repórter toda hora perguntava coisas da minha vida pessoal e dizia que era em off, porque estava curiosa, mas não iria colocar na entrevista. Contei várias coisas que não tinha nada demais, mas que eu não gostaria que fossem publicadas, sobre o relacionamento com meu pai, a minha história, coisas assim. Eu não tenho vergonha de nada, mas, quando eu vi a revista publicada, percebi que ela abusou da minha boa vontade. Tem gente que acha que vai subir na vida falando mal dos outros, e pode até conseguir alguma coisa. Mas depois desaparece logo. Eu sei que ela desapareceu, porque de vez em quando eu coloco no Google e cadê?

Conta um pouco sobre o seu começo na carreira como modelo? 

Comecei em Ribeirão Preto, com 11 anos de idade. Aquela coisa típica: passeando no shopping e sendo abordada por um olheiro. Com 15 anos, ganhei o concurso da Riachuelo Mega Model. Foi quando eu mudei para São Paulo e saí de casa pela primeira vez.

Quando chegou à cidade grande, passou por aquela fase de dividir apartamento com amigas? 

Dividi com uma menina de Ribeirão, que também participou do concurso. Em São Paulo,
eu não morava com aquele monte de menina. Só quando eu comecei a viajar. No Chile, com 16 anos, morei em apartamento com um bocado de modelos. E continuei alguns anos nessa vida.

Com quantas meninas você já chegou a dividir apartamento? 

Eu não sei ao certo, porque foram várias experiências. Mas era sempre mais de sete, oito meninas. No Chile, era uma casa de dois andares. No primeiro, moravam os homens. No segundo, as mulheres.

Com tanta gente, aconteciam festinhas em casa diariamente? 

Pelo contrário. Durante as minhas viagens, sempre fui com intuito de trabalhar, e todo mundo ali também. No começo de carreira, você tem aquele sonho de fazer dar certo. E aí, quando a agência lhe dá uma oportunidade, você tem que mostrar trabalho. Mas, mais tarde, claro que eu relaxei, fiquei mais velha e comecei a sair aqui e ali, aproveitar um pouco também minha juventude.

E como você aproveita sua juventude hoje? 

É muito difícil eu ir a uma boate. Às vezes, tem o aniversário de alguém, fico uma hora e saio à francesa. Amo comer e adoro ir a restaurantes. E de vez em quando tem uns eventos legais de arte, de moda, em Miami. Mas até 1 hora da manhã eu já quero estar na cama. Eu fico irritada se levanto depois das 7h.

Com essa rotina movimentada de trabalho, você consegue manter relacionamentos mais duradouros? 

Quando dizem que não conseguem namorar por causa da carreira, acho que é mentira. É uma área da vida que eu dou importância. Eu penso que os relacionamentos são tão importantes quanto a carreira.

Você está namorando então? E tem conseguido conciliar? 

Sim, estou com uma pessoa e estou conseguindo levar bem esse relacionamento com o trabalho.

Como você pensa em fazer essa transição da carreira de modelo para televisão? 

Muita gente não sabe que eu trabalho com televisão já. Eu tenho um canal na internet [vidamiamitv.com], foi criado há três anos, com mais dois sócios, em Miami. Temos equipes em oito países e média de 10 mil acessos por dia. Produzo, edito e já estou com um projeto de abrir outro, voltado mais paras notícias.

Em quantos países você já morou? 

Fui para o Chile, depois África do Sul, Alemanha, Itália, França, Estados Unidos e México.

Quando está no Brasil, ou mesmo fora dele, as pessoas tiram sarro de você 
por causa dos bordões do seu pai?

Imagina! Meu pai é um puta profissional, sempre admirei o trabalho dele, como admiro o da minha mãe também. As pessoas acham que a minha profissão se confunde com a do meu pai, mas são duas coisas completamente diferentes. Às vezes ele dá entrevista sobre coisas que eu faço e eu sobre coisas que ele faz. Mas eu tenho a minha opinião, e ele tem a dele. Claro que ele me dá conselhos, mas eu sou independente há muito tempo. Algumas vezes eu vou escutá-lo, outras vezes, não.

Seu pai disse uma vez que você é muito geniosa e que, às vezes, vocês se bicam muito. É verdade? 

Meu pai é mais bravo. Eu sou mais geniosa. No aspecto de que eu não gosto de injustiça, principalmente comigo. Eu tenho muito a ver com meu pai. Eu me irrito fácil. E isso às vezes é ruim, mas é da minha personalidade, da minha essência.

Quais são as três coisas que mais a irritam? 

Críticas não construtivas. Eu gosto de receber críticas de pessoas que sabem do que estão falando. Agora gente que opina por opinar, eu não gosto. Injustiça também me irrita muito. Contra animais, crianças, idosos. Quando venho para o Brasil, assisto ao programa do meu pai e vejo isso na TV, eu me sinto na pele dele. E daí eu entendo por que ele grita, esperneia e age daquele jeito. A outra coisa que me irrita é não conseguir fazer um trabalho benfeito, quando não atinjo os meus objetivos.

Acha que esse ensaio vai atingir os objetivos que você procura? 

Ah, o ensaio foi ótimo! Eu gosto de fazer fotos assim: sensuais e de bom gosto. Porque não são fotos peladas. Não tenho nada contra. Mas prefiro fazer assim. As lingeries foram muito finas, as joias bonitas, a produção ficou excelente. A minha ideia foi fazer um ensaio elegante. Eu acho que eu não sou uma mulher fina e elegante, mas me sinto mais confortável encarnando esse papel.

Por: Fernando BoB
@FernandoBoB
Nota: Patricia Alves Papiro 

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